domingo, 10 de novembro de 2013

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA DIVISÃO SILÁBICA



Simone Paiva Feijão

            Este artigo tem o objetivo de demonstrar regras para fazer uma correta divisão silábica e também para falar sobre o novo acordo ortográfico.
            Acordo Ortográfico de 1990 pretende instituir uma ortografia oficial única da língua portuguesa e com isso aumentar o seu prestígio internacional, dando fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa.
Trata-se de um tratado polémico, cujo teor substantivo e valor jurídico não reúnem consenso entre linguistas, filólogos, académicos, jornalistas, escritores, tradutores e personalidades dos sectores artístico, universitário, político e empresarial das sociedades portuguesa e brasileira, cuja aplicação tem suscitado grande discordância por motivos linguísticos (introdução de facultatividades, supressão de letras consonânticas mudas, hifenização, maiusculização e remoção do acento diferencial), políticos, económicos e jurídicos, havendo quem afirme mesmo a inconstitucionalidade do tratado. Outros ainda afirmam que o Acordo ortográfico serve, acima de tudo, interesses geopolíticos e económicos do Brasil.
Aborda a divisão silábica, designadamente os casos em que as sucessões de duas consoantes podem ou não ser divididas; a divisão de vogais; e dos digramas.
O Novo Acordo estabelece que a divisão silábica faz-se em regra por soletração: a-ba-de, bru-ma, sem atender necessariamente aos elementos constitutivos de natureza etimológica: bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer...

      A partição da palavra no fim da linha implica o emprego do hífen.
      O texto do Novo Acordo exemplifica algumas regras para a separação silábica.
      a) Não se separam as sucessões de duas consoantes que constituem grupos perfeitos: nu-bla-do, a-pro-var, de-cla-rar, de-cre-to, a-tle­ta, a-fri-ca-no, ne-vral-gi-a, nem se separam os dígrafos ch, lh, ah: ran-cho, ma-lha, vi-nha.
      Exceção
      Separam-se alguns compostos em que os prefixos terminam em b ou d.
      ab-le-ga-ção, ad-li-gar, sub-lu-nar.

      b) Separam-se no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos e as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma consoante.
      ab-di-car am-bi-ção ét-ni-co
      ab-so-lu-to de-sen-ga-nar nas-cer
      ad-je-ti-vo Daf-ne op-tar
      af-ta en-xa-me

      c) Nunca se separam vogais consecutivas pertencentes a ditongos decrescentes.
      ai-ro-so, ca-dei-ra, ins-ti-tui, sa-cris-tães
      d) Os dígrafos gu e qu não se separam da vogal ou ditongo imediato:
      ne-gue, ne-guei, pe-que, pe-quei, da mesma maneira que as combinações gu, qu em que o u se pronuncia: á-gua, am-bí-guo, lo-quaz.

      e) Na separação de palavras que apresentam hífen, se este ocorrer no final da linha, deve-se repeti-lo na linha imediata: couve-/-flor, amá-/lo.

Mantendo o princípio já utilizado no sistema de 1943, em que a separação silábica é feita, de modo geral, com base na soletração e não nos elementos que constituem a palavra, segundo a etimologia, o texto do Novo Acordo nada altera quanto à divisão silábica das palavras.
A regra c, que afirma que não se separam vogais consecutivas pertencentes a ditongos decrescentes, poderia ser mais completo se nela fossem incluídas as vogais consecutivas pertencentes também a ditongos crescentes e a tritongos.



BIBLIOGRAFIA

            NICOLA, de José e WLISSIS Infante, Gramática Contemporânea, São Paulo, (2002).

            MAZAROTTO, Luiz Fernando, Redação: Gramática e Literatura, DCL, (2002).

            BECHARA, Evanildo. “Moderna Gramatica Portuguesa”. 27ª ed. São Paulo, Editora Nacional, 1982.

A QUESTÃO DOS GRAFEMAS VOCÁLICOS E CONSONÂNTICOS NO ACORDO ORTOGRÁFICO




Gleiciane Marques de Farias

Desde o período de formação das Línguas, as sociedades têm tentado tornar a escrita cada vez mais homogênea e comum àquela comunidade ortográfica. Para tanto foram sendo formulados, durante toda a história da escrita, acordos ortográficos, todos com o objetivo de tentar unificar a escrita das palavras, mesmo que estes usuários da língua estejam em pontos distantes do globo terrestre. Mesmo contra a vontade da maioria dos gramáticos, lingüistas e da comunidade em geral, temos que receber estas reformas na língua e utilizá-las em nosso cotidiano principalmente no que diz respeito língua escrita.Citamos como exemplo a mudança que ocorreu com o adjetivo gentílico “acreano” (aquele que nasce no estado do Acre) com o acordo ortográfico de 1990 passou a ser escrito “acriano”, esta alteração causou diversas contradições e até um estado de revolta por parte da comunidade .Os nativos dessa região alegam que “acriano, soa esquisito. Somos acreanos há mais de cem anos, quando decidimos que não éramos bolivianos, e sim brasileiros e conseguimos a independência. A mudança mexe com as nossas raízes históricas e culturais”, diz a deputada federal Perpétua Almeida(PCdoB AC), que lidera o movimento para tentar evitar a mudança. A Academia Acreana de Letras terá de apresentar recurso à Academia Brasileira de Letras (ABL). A ABL diz considerar positivas as manifestações como esta do Acre porque estimula o debate sobre questões relacionadas a Língua. Segundo a assessoria da Academia, “nunca houve no País uma discussão tão rica e profícua.” Antes do acordo se usava como escrita padrão acriano ou acreano, era então facultativo, a partir do acordo de 1990 apenas a segunda forma será considerada aceita.

 “Dá para compreender o fenômeno morfológico que ocorre com a palavra Acre. A sílaba tônica é A-cre e, dessa forma, por ser átono o “e” de Acre, não permanece no radical da palavra derivada, havendo vogal de ligação –i- para acomodar o radical Acr- ao sufixo –ano: Acriano. O fenômeno morfológico que determina o gentílico acriano não levou em conta que o uso consagra a forma” (DINIZ,2009)

O filólogo Evanildo Bechara, titular da Academia Brasileira , titular da Academia Brasileira de Letras, diz que “Apesar DAE respeitar nossa resistência cultural, ‘acreano’ com ‘e’ é um erro de história da Língua, uma espécie de mentira morfológica.” Toda essa discussão só nos leva a pensar como uma questão lingüística mexe com todo um povo, até mesmo com aqueles que se dizem alheios. Estas reformas na língua não têm faltado na historia das principais línguas civilizadas. Percorramos algumas como o Espanhol e o Francês:

Espanhol. “ A ortografia do Espanhol medieval é uma descrição fidedigna da língua, tal como ela era falada nos círculos culturais de Toledo por volta de 1275. Essa representação gráfica começou a ser defeituosa pelos fins do século XV... [O gramático] Nebrija [séculos XV e XVI] reafirmou o principio fonético de que a língua de deve escrever como se pronuncia. Por esta época, os humanistas tinham começado a insistir na etimologia... Nos séculos XVI e XVII, tendo-se  produzido mudanças consideráveis de pronúncia, a ortografia espanhola apresentava diversas anomalias, o que levou a Academia da Língua a começar a adotar um controle oficial da Língua no século XVIII” (ENTWISTLE,1974.p14)
Francês. A ortografia do Francês tem variado ao longo dos séculos, quase sempre por saltos bruscos. No século XVI, a escola de Ronsard levou a grande maioria dos escritores a adotar uma ortografia reformada, despojada das numerosas letras mudas inúteis. Foi nesse século, no entanto, que Francisco I decretou a célebre regra da concordância do particípio, por imitação do Italiano (regra, aliás, cuja eliminação está na mira dos reformadores atuais). A primeira edição do dicionário da Academia, no século XVII, sob a influência de Corneille, introduziu novas reformas. No século seguinte, a edição de 1740 do mesmo dicionário dava ortografia nova a nada menos de 2000 palavras das 3000 que o compunham. A ortografia atual do Francês fixou-se na forma atual por volta de 1830. A norma foi fixada na 6ª edição do Dicionário da Academia, de 1836. Desde o princípio deste século, porém, já em três ocasiões se iniciaram movimentos de reformas ortográficas: em 1901, em 1965 e em 1988. Em 1901, a reforma foi patrocinada por escritores como Anatole France, Georges Leygues e Ferdinand Brunot e teve um apoio de tal forma amplo que o Ministério da Instrução chegou a publicar uma portaria com as mudanças propostas. No entanto, esta portaria acabou por não ser aplicada, devido à campanha contra a reforma feita pela imprensa. Em 1965, uma comissão presidida por M. Beslais, ex-Diretor do Ensino Primário, apresentou um relatório com nova proposta de reforma. Nela, defendiam-se transformações do tipo. théatre -> téatre /pharmacie -> farmacie, etc. Este relatório não teve seguimento, embora em 1975 uma nova portaria determinasse mudanças ortográficas menos ambiciosas. Esta portaria teve a sorte da do princípio do século, isto é, o total esquecimento. Apesar de aparentemente continuarem em vigor, ninguém as cumpre. O debate recomeçou em fins de 1988, desencadeado por uma sondagem na revista do Sindicato Nacional dos Professores e foi animado por numerosas tomadas de posição e publicação de artigos e livros. Dentre as tomadas de posição mais relevantes note-se a do chamado Manifesto dos dez linguistas, publicado em "Le Monde" de 07/02/1989, que defendia a necessidade de uma reforma, e a publicação em fins de 1989 de três livros sobre o assunto ("Le livre de l'orthographe", de Bernard Pivot, "Les délires de l'orthographe", de Nina Catach, e "Que vive l'ortografe!", de Jacques Leconte e Philippe Cibois). O assunto foi pelo Governo julgado suficientemente importante para justificar a nomeação, por decreto de 02.06.89, do Conseil supérieur de la langue française (CSLF), com o objetivo de "retificar" a ortografia. Em fins de 1989, o Governo encarregou o CLSF de se pronunciar sobre um certo número de pontos concretos. Ao fim de uma dezena de reuniões, conseguiu-se um acordo, de que participaram a Bélgica, a Suíça e o Canadá, acordo que foi aprovado pela Academia Francesa. Em 19.06.90, foi apresentado o relatório do CSLF, a que se seguiram ainda negociações informais entre a Academia e os serviços do Primeiro Ministro. Finalmente, em Outubro passado, o CSLF recebeu e aprovou a versão definitiva da reforma. Pretende-se que seja publicada oficialmente ainda antes do Natal e que entre em vigor nas escolas a partir do Outono de 1991, embora haja a intenção de tolerar a antiga ortografia por mais alguns anos. Tudo leva a crer que, desta vez, a reforma terá destino diferente das que a antecederam neste século. (ENTWISTLE,1974.p14)

Em Portugal e no Brasil, desde quando a língua começou a ser escrita quem escrevia procurava representar fonéticamente os sons da fala. Esta representação nunca foi satisfatória por exemplo, o som do /i/ podia ser representado por i, y e até por h; a nasalidade por m, n ou til, etc. Por outro lado, a ortografia conservou-se em certos  ainda antiquada em relação à evolução da pronúncia das palavras, como leer (ler) e teer (ter). Nos documentos mais antigos o que se observava era uma grafia fonética. “Com o decorrer do tempo, esta simplicidade foi desaparecendo por causa da influência do Latim. Assim começaram a aparecer grafias como fecto(feito), regno (reino), fructo(fruto), etc. Realmente uma das características do Renascimento foi a admiração pelos tempos clássicos e, em particular pelo Latim. Isso consolidou e levou ao extremo a influencia daquela língua na escrita do Português. Daqui resultou o aparecimento inúmeras consoantes duplas, o aparecimento dos grupos ph, ch, th, Rh, que antes praticamente ninguém usava.
No principio do século XIX, Garrett defendia a simplificação ortográfica e criticava a ausência de norma, neste mesmo século proliferaram-se os pretendentes a reformadores da ortografia. Comenta-se que no fim deste século (XIX) a desordem era total. Cada um escrevia como lhe parecia melhor.Em 1911, o governo nomeou uma comissão para estabelecer a ortografia a ser usada nas publicações oficiais, desta comissão fazia parte o foneticista Gonçalves Viana, que já em 1907 apresentara um projeto de ortografia simplificada. Esta reforma, a primeira oficial em Portugal, foi profunda e modificada completamente o aspecto da língua escrita, aproximando-a muito da atual, esta ocorreu sem qualquer acordo com o Brasil. Ao fazer desaparecer muitas consoantes dobradas e os grupos ph, th, rh, etc.
No Brasil da mesma época, a ortografia estava no mesmo estado que Portugal. Pode-se dizer que havia uma unidade...no caos.Em 1924 as duas Academias, portuguesa e brasileira, resolveram procurar uma ortografia comum. O Brasil então deveria tentar se aproximar de Portugal, que na altura, caminhava na frente.
Em 1971, novo acordo entre Portugal e o Brasil aproximou um pouco mais a ortografia do Brasil da de Portugal. Tratou-se de cedência brasileira, mais uma vez. O acordo teve a sorte de ser oficializado sem burburinho. Note-se aqui que, do ponto de vista absoluto, ambas as grafias eram nesta altura perfeitamente razoáveis e sua única desvantagem era apresentarem ainda algumas diferenças. Não fosse isso, seria, de fato, inútil "mexer" mais.
Em 1973, recomeçaram as negociações e, em 1975, as duas Academias mais uma vez chegaram ao acordo, o qual "não foi contudo transformado em lei, pois circunstâncias adversas de várias ordens não permitiram uma consideração pública da matéria" Protocolo de Acordo Ortográfico de 1986.
Em 1986, o Presidente José Sarney tentou resolver o assunto, que há longo tempo se arrastava, e promoveu o encontro dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro. Deste encontro, mais uma vez saiu um acordo ortográfico e mais uma vez o acordo não foi por diante, devido a um surpreendente alarido que se levantou em Portugal. Este alarido, longe de ser resultado de defeitos do acordo, deveu-se sobretudo a uma confrangedora ignorância do assunto por parte dos pouco ponderados adversários da união ortográfica. Mas a verdade é que o acordo foi suspenso.
O pior é que se concluiu este ano novo acordo, dito "mais moderado", mas na verdade mais incoerente, e exposto, este sim, a críticas com fundamento. Os responsáveis portugueses pelo Acordo de 1986, que garantia uma unificação quase total da ortografia da língua, cederam aos auto-proclamados donos da Cultura Nacional e, em 1990, produziram um acordo imperfeito, que não unifica, cheio de grafias duplas, defeitos estes que são deslealmente aproveitados pelos detratores que os causaram. É o castigo da demagogia. Enfim, se encarado como transitório, como mais uma pequena dose de mudança sem dor para não assarapantar o profanum vulgum, este mais novo acordo é um passo na direção certa. Este último assinado pelo Presidente Lula e passou a vigorar em 2009.
            O fato é que o Brasil ganhou verdadeira notoriedade e prestígio com o passar dos anos em relação ao idioma falado em um país de mais de 182 milhões de habitantes, por mais que existam variantes e até dialetos, a Língua Portuguesa é unificada nos limites do nosso país. Nossa língua não é totalmente igual a de Portugal, nem no aspecto semântico, nem sintático, nem ortográfico. Ela no máximo se aproxima pela influência da colonização. No entanto, hoje os linguístas dos países que lusófonos, lembramos que são oito, espalhados em quatro continentes, tentam aproximar essa linguagem. Falar em unificação é um tanto pretensioso, pois a língua é mutável, flexível e foge dos padrões estabelecidos pelas academias. Porém, esta tentativa é aceitável e de boa intenção, não podendo deixar que a língua perca sua unidade e essência primordiais. Em breve, quem sabe, as novas gerações terão novos acordos, provavelmente influenciado pela informatização, pela internet e tudo que ela traz com a aproximação dos países.
Referências Bibliográficas
FONSECA, Fernando - O Português entre as línguas do mundo, Livraria Almedina, Coimbra, 1985, p. 326
NUNES, José Joaquim - Compêndio de gramática histórica portuguesa, Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1945, p. 196
CUESTA, Pilar Vasquez - Gramática da língua portuguesa, Edições 70, Lisboa, 1980, p. 338
DINIZ, Moisés. Disponivel em www.aleac.ac.gov.br ,acesso em 24/04/2009.
EDICIONES ITSMO, Madrid, 1974 – Las lenguas de Espana, Ediciones ITSMO, Madrid, 1974, p.14
NUNES, José Joaquim - Compêndio de gramática histórica portuguesa, Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1945, p. 198
CARMO VAZ, Álvaro - Código de escrita, Livros técnicos e científicos, Lisboa, 1983, p. 112
Protocolo de Acordo Ortográfico de 1986
ENTWISTLE, William - Las lenguas de Espana, Ediciones ITSMO, Madrid, 1973, p. 194
CATACH, Nina - Les délires de l'orthographe, Plon, Paris, 1989.
Disponíveis em www.dha.Inec.pt/portugues/paginas_pessoais/MMC, acesso em 24.04.2009.
www.linguaportuguesa.ufrn.br , acesso em 24.04.2009.


A QUESTÃO DOS GRAFEMAS VOCÁLICOS E CONSONÂNTICOS NO ACORDO ORTOGRÁFICO




Gleiciane Marques de Farias

Desde o período de formação das Línguas, as sociedades têm tentado tornar a escrita cada vez mais homogênea e comum àquela comunidade ortográfica. Para tanto foram sendo formulados, durante toda a história da escrita, acordos ortográficos, todos com o objetivo de tentar unificar a escrita das palavras, mesmo que estes usuários da língua estejam em pontos distantes do globo terrestre. Mesmo contra a vontade da maioria dos gramáticos, lingüistas e da comunidade em geral, temos que receber estas reformas na língua e utilizá-las em nosso cotidiano principalmente no que diz respeito língua escrita.Citamos como exemplo a mudança que ocorreu com o adjetivo gentílico “acreano” (aquele que nasce no estado do Acre) com o acordo ortográfico de 1990 passou a ser escrito “acriano”, esta alteração causou diversas contradições e até um estado de revolta por parte da comunidade .Os nativos dessa região alegam que “acriano, soa esquisito. Somos acreanos há mais de cem anos, quando decidimos que não éramos bolivianos, e sim brasileiros e conseguimos a independência. A mudança mexe com as nossas raízes históricas e culturais”, diz a deputada federal Perpétua Almeida(PCdoB AC), que lidera o movimento para tentar evitar a mudança. A Academia Acreana de Letras terá de apresentar recurso à Academia Brasileira de Letras (ABL). A ABL diz considerar positivas as manifestações como esta do Acre porque estimula o debate sobre questões relacionadas a Língua. Segundo a assessoria da Academia, “nunca houve no País uma discussão tão rica e profícua.” Antes do acordo se usava como escrita padrão acriano ou acreano, era então facultativo, a partir do acordo de 1990 apenas a segunda forma será considerada aceita.

 “Dá para compreender o fenômeno morfológico que ocorre com a palavra Acre. A sílaba tônica é A-cre e, dessa forma, por ser átono o “e” de Acre, não permanece no radical da palavra derivada, havendo vogal de ligação –i- para acomodar o radical Acr- ao sufixo –ano: Acriano. O fenômeno morfológico que determina o gentílico acriano não levou em conta que o uso consagra a forma” (DINIZ,2009)

O filólogo Evanildo Bechara, titular da Academia Brasileira , titular da Academia Brasileira de Letras, diz que “Apesar DAE respeitar nossa resistência cultural, ‘acreano’ com ‘e’ é um erro de história da Língua, uma espécie de mentira morfológica.” Toda essa discussão só nos leva a pensar como uma questão lingüística mexe com todo um povo, até mesmo com aqueles que se dizem alheios. Estas reformas na língua não têm faltado na historia das principais línguas civilizadas. Percorramos algumas como o Espanhol e o Francês:

Espanhol. “ A ortografia do Espanhol medieval é uma descrição fidedigna da língua, tal como ela era falada nos círculos culturais de Toledo por volta de 1275. Essa representação gráfica começou a ser defeituosa pelos fins do século XV... [O gramático] Nebrija [séculos XV e XVI] reafirmou o principio fonético de que a língua de deve escrever como se pronuncia. Por esta época, os humanistas tinham começado a insistir na etimologia... Nos séculos XVI e XVII, tendo-se  produzido mudanças consideráveis de pronúncia, a ortografia espanhola apresentava diversas anomalias, o que levou a Academia da Língua a começar a adotar um controle oficial da Língua no século XVIII” (ENTWISTLE,1974.p14)
Francês. A ortografia do Francês tem variado ao longo dos séculos, quase sempre por saltos bruscos. No século XVI, a escola de Ronsard levou a grande maioria dos escritores a adotar uma ortografia reformada, despojada das numerosas letras mudas inúteis. Foi nesse século, no entanto, que Francisco I decretou a célebre regra da concordância do particípio, por imitação do Italiano (regra, aliás, cuja eliminação está na mira dos reformadores atuais). A primeira edição do dicionário da Academia, no século XVII, sob a influência de Corneille, introduziu novas reformas. No século seguinte, a edição de 1740 do mesmo dicionário dava ortografia nova a nada menos de 2000 palavras das 3000 que o compunham. A ortografia atual do Francês fixou-se na forma atual por volta de 1830. A norma foi fixada na 6ª edição do Dicionário da Academia, de 1836. Desde o princípio deste século, porém, já em três ocasiões se iniciaram movimentos de reformas ortográficas: em 1901, em 1965 e em 1988. Em 1901, a reforma foi patrocinada por escritores como Anatole France, Georges Leygues e Ferdinand Brunot e teve um apoio de tal forma amplo que o Ministério da Instrução chegou a publicar uma portaria com as mudanças propostas. No entanto, esta portaria acabou por não ser aplicada, devido à campanha contra a reforma feita pela imprensa. Em 1965, uma comissão presidida por M. Beslais, ex-Diretor do Ensino Primário, apresentou um relatório com nova proposta de reforma. Nela, defendiam-se transformações do tipo. théatre -> téatre /pharmacie -> farmacie, etc. Este relatório não teve seguimento, embora em 1975 uma nova portaria determinasse mudanças ortográficas menos ambiciosas. Esta portaria teve a sorte da do princípio do século, isto é, o total esquecimento. Apesar de aparentemente continuarem em vigor, ninguém as cumpre. O debate recomeçou em fins de 1988, desencadeado por uma sondagem na revista do Sindicato Nacional dos Professores e foi animado por numerosas tomadas de posição e publicação de artigos e livros. Dentre as tomadas de posição mais relevantes note-se a do chamado Manifesto dos dez linguistas, publicado em "Le Monde" de 07/02/1989, que defendia a necessidade de uma reforma, e a publicação em fins de 1989 de três livros sobre o assunto ("Le livre de l'orthographe", de Bernard Pivot, "Les délires de l'orthographe", de Nina Catach, e "Que vive l'ortografe!", de Jacques Leconte e Philippe Cibois). O assunto foi pelo Governo julgado suficientemente importante para justificar a nomeação, por decreto de 02.06.89, do Conseil supérieur de la langue française (CSLF), com o objetivo de "retificar" a ortografia. Em fins de 1989, o Governo encarregou o CLSF de se pronunciar sobre um certo número de pontos concretos. Ao fim de uma dezena de reuniões, conseguiu-se um acordo, de que participaram a Bélgica, a Suíça e o Canadá, acordo que foi aprovado pela Academia Francesa. Em 19.06.90, foi apresentado o relatório do CSLF, a que se seguiram ainda negociações informais entre a Academia e os serviços do Primeiro Ministro. Finalmente, em Outubro passado, o CSLF recebeu e aprovou a versão definitiva da reforma. Pretende-se que seja publicada oficialmente ainda antes do Natal e que entre em vigor nas escolas a partir do Outono de 1991, embora haja a intenção de tolerar a antiga ortografia por mais alguns anos. Tudo leva a crer que, desta vez, a reforma terá destino diferente das que a antecederam neste século. (ENTWISTLE,1974.p14)

Em Portugal e no Brasil, desde quando a língua começou a ser escrita quem escrevia procurava representar fonéticamente os sons da fala. Esta representação nunca foi satisfatória por exemplo, o som do /i/ podia ser representado por i, y e até por h; a nasalidade por m, n ou til, etc. Por outro lado, a ortografia conservou-se em certos  ainda antiquada em relação à evolução da pronúncia das palavras, como leer (ler) e teer (ter). Nos documentos mais antigos o que se observava era uma grafia fonética. “Com o decorrer do tempo, esta simplicidade foi desaparecendo por causa da influência do Latim. Assim começaram a aparecer grafias como fecto(feito), regno (reino), fructo(fruto), etc. Realmente uma das características do Renascimento foi a admiração pelos tempos clássicos e, em particular pelo Latim. Isso consolidou e levou ao extremo a influencia daquela língua na escrita do Português. Daqui resultou o aparecimento inúmeras consoantes duplas, o aparecimento dos grupos ph, ch, th, Rh, que antes praticamente ninguém usava.
No principio do século XIX, Garrett defendia a simplificação ortográfica e criticava a ausência de norma, neste mesmo século proliferaram-se os pretendentes a reformadores da ortografia. Comenta-se que no fim deste século (XIX) a desordem era total. Cada um escrevia como lhe parecia melhor.Em 1911, o governo nomeou uma comissão para estabelecer a ortografia a ser usada nas publicações oficiais, desta comissão fazia parte o foneticista Gonçalves Viana, que já em 1907 apresentara um projeto de ortografia simplificada. Esta reforma, a primeira oficial em Portugal, foi profunda e modificada completamente o aspecto da língua escrita, aproximando-a muito da atual, esta ocorreu sem qualquer acordo com o Brasil. Ao fazer desaparecer muitas consoantes dobradas e os grupos ph, th, rh, etc.
No Brasil da mesma época, a ortografia estava no mesmo estado que Portugal. Pode-se dizer que havia uma unidade...no caos.Em 1924 as duas Academias, portuguesa e brasileira, resolveram procurar uma ortografia comum. O Brasil então deveria tentar se aproximar de Portugal, que na altura, caminhava na frente.
Em 1971, novo acordo entre Portugal e o Brasil aproximou um pouco mais a ortografia do Brasil da de Portugal. Tratou-se de cedência brasileira, mais uma vez. O acordo teve a sorte de ser oficializado sem burburinho. Note-se aqui que, do ponto de vista absoluto, ambas as grafias eram nesta altura perfeitamente razoáveis e sua única desvantagem era apresentarem ainda algumas diferenças. Não fosse isso, seria, de fato, inútil "mexer" mais.
Em 1973, recomeçaram as negociações e, em 1975, as duas Academias mais uma vez chegaram ao acordo, o qual "não foi contudo transformado em lei, pois circunstâncias adversas de várias ordens não permitiram uma consideração pública da matéria" Protocolo de Acordo Ortográfico de 1986.
Em 1986, o Presidente José Sarney tentou resolver o assunto, que há longo tempo se arrastava, e promoveu o encontro dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro. Deste encontro, mais uma vez saiu um acordo ortográfico e mais uma vez o acordo não foi por diante, devido a um surpreendente alarido que se levantou em Portugal. Este alarido, longe de ser resultado de defeitos do acordo, deveu-se sobretudo a uma confrangedora ignorância do assunto por parte dos pouco ponderados adversários da união ortográfica. Mas a verdade é que o acordo foi suspenso.
O pior é que se concluiu este ano novo acordo, dito "mais moderado", mas na verdade mais incoerente, e exposto, este sim, a críticas com fundamento. Os responsáveis portugueses pelo Acordo de 1986, que garantia uma unificação quase total da ortografia da língua, cederam aos auto-proclamados donos da Cultura Nacional e, em 1990, produziram um acordo imperfeito, que não unifica, cheio de grafias duplas, defeitos estes que são deslealmente aproveitados pelos detratores que os causaram. É o castigo da demagogia. Enfim, se encarado como transitório, como mais uma pequena dose de mudança sem dor para não assarapantar o profanum vulgum, este mais novo acordo é um passo na direção certa. Este último assinado pelo Presidente Lula e passou a vigorar em 2009.
            O fato é que o Brasil ganhou verdadeira notoriedade e prestígio com o passar dos anos em relação ao idioma falado em um país de mais de 182 milhões de habitantes, por mais que existam variantes e até dialetos, a Língua Portuguesa é unificada nos limites do nosso país. Nossa língua não é totalmente igual a de Portugal, nem no aspecto semântico, nem sintático, nem ortográfico. Ela no máximo se aproxima pela influência da colonização. No entanto, hoje os linguístas dos países que lusófonos, lembramos que são oito, espalhados em quatro continentes, tentam aproximar essa linguagem. Falar em unificação é um tanto pretensioso, pois a língua é mutável, flexível e foge dos padrões estabelecidos pelas academias. Porém, esta tentativa é aceitável e de boa intenção, não podendo deixar que a língua perca sua unidade e essência primordiais. Em breve, quem sabe, as novas gerações terão novos acordos, provavelmente influenciado pela informatização, pela internet e tudo que ela traz com a aproximação dos países.
Referências Bibliográficas
FONSECA, Fernando - O Português entre as línguas do mundo, Livraria Almedina, Coimbra, 1985, p. 326
NUNES, José Joaquim - Compêndio de gramática histórica portuguesa, Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1945, p. 196
CUESTA, Pilar Vasquez - Gramática da língua portuguesa, Edições 70, Lisboa, 1980, p. 338
DINIZ, Moisés. Disponivel em www.aleac.ac.gov.br ,acesso em 24/04/2009.
EDICIONES ITSMO, Madrid, 1974 – Las lenguas de Espana, Ediciones ITSMO, Madrid, 1974, p.14
NUNES, José Joaquim - Compêndio de gramática histórica portuguesa, Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1945, p. 198
CARMO VAZ, Álvaro - Código de escrita, Livros técnicos e científicos, Lisboa, 1983, p. 112
Protocolo de Acordo Ortográfico de 1986
ENTWISTLE, William - Las lenguas de Espana, Ediciones ITSMO, Madrid, 1973, p. 194
CATACH, Nina - Les délires de l'orthographe, Plon, Paris, 1989.
Disponíveis em www.dha.Inec.pt/portugues/paginas_pessoais/MMC, acesso em 24.04.2009.
www.linguaportuguesa.ufrn.br , acesso em 24.04.2009.


Reforma Ortográfica:Estudo do léxico das Bases I a VII







Mª do Socorro Rodrigues




darwinismo – Do ing. Darwinismo, do antr. Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês-sm. “teoria biológica de Darwin sobre a evolução dos espécies 1899.”
Wagneriano – Do fr. wagnérien, do antros. Wilhelm Richard. Wagner (1813-1883), célebre compositor alemão wagnerismo sm. (Mus) o sistema musical de Wagner adj. sm. ‘relativo ou pertencente a Wagner grande admirador e/ou profundo conhecedor de sua obra’ xx.
Taylorista – Do fr. taylorisme. (ou diretamente do ing. Taylorismo) deriv. Do antrop. Taylor, de Frederick. W. Taylor, engenheiro e economista norte-americano. sm. ‘sistema de exploração industrial’ xx.
Kantiano – do antr. Ismmanuel Kant (1724-1804) filósofo alemão/kantismo sm. ‘doutrina de Kant e de seus discípulos’ 1873/kantista adj. s2g. “Kontiano” adj. sm. ‘relativo a Kant e às suas doutrinas filosóficas’ adepto dessas doutrinas’. Xx
Fúcsia – do fr. fuchsia e, este, do lat. cient. fuchsia, termo criado pelo botânico Charles Palmier, em 1693, em homenagem ao botânico bávaro Leonard Fuchs (1501-1566).
  
Base II

haver ter, possuir, alcançar, considerar, existir.
Latim: habere.
Hélice – qualquer coisa em forma de espiral
Latim: helix
Hoje – o dia em que se está do latim hodie
Hora – vigésima quarta parte do dia natural.
Latim: hora
Homem: animal racional que ocupa o primeiro lugar na escala zoológica ser humano pessoa do sexo masculino
Latim: humo-inis
Humor: líquido contido no corpo organizado, umidade.
Inglês: humour
herva/erva – planta não lenhosa cuja as partes aéreas vivem menos de um ano
Latim: herba
Herbanário/ervanário – erva
Herboso/ervoso – erva  
Bieddomadário – diz se de ou qualquer evento que se realiza de dois em dois anos.
Latim: bienalis
Desumano – relativo ao homens
Latim: humanus
Lobisomem – animal carnívoro, homem lobo.
Latim: lupis hominen
Anti-higiênico – contrário a higiene
Pré-história – variação de história
Sobre-humano – as forças humanas ou à natureza do homem sobrenatural




Base III

Distinção gráfica entre ch e x:
Achar: encontrar, descobrir, deparar, excogitar, imaginar Lat. afllare, soprar, farejar. Parece-nos que nos veio da linguagem da caça.
Archote-s.m: facho, morrão. De acha+ote
Bucha s.f.: porção de estopa, de pano que se empregava para dar mais consistência à póvora nas armas antigas. Mau negócio. Fr. bouche, tufo, punhado de ervas com que se tampava uma abertura. Lat. da Gália boska.
Capacho-s.m: tapete grosseiro em que se limpa o calçado. Espanhol capacho, forma moçárabe, latim capaceum de capere, pegar segurar.
Capucho-s.m: cobertura da cabeça. Ltal. cappuccio, de cappa + ucio.
Chamar-v.t: apelar, dar nome a alguém ou alguma coisa; despertar a atenção de alguém para que se aproxime. Lat. clamare, gritar.
Chave-s.f: instrumento para fazer correr a lingüeta da fechadura, dar corda aos relógios. Meio de resolver problemas, dificuldade, assunto. Explicação. Fecho, remate de alguma coisa, sobretudo, de abóbadas. O último verso de um soneto, dito chave de ouro. Lat. Clavem.
Chico- adj.: pequeno. Hipocorístico de Francisco, admitindo os diminutivos Chiquinho, chiquito. Em muitos lugares de Portugal e do Brasil. Chico significa leitão, porco, mas, neste caso, é onomatopéia, de voz chi, chi, com que se costuma chamar tal animal. Quando a pequeno, pode ser que a fonte ultima seja o lat. ciccum.
Chiste-s.m: gracejo, dito, palavra que provoca riso, anedota. No começo era sempre anedota indecorosa como está atestado em camões na comédia “El Rei Seleuco”. “Mandei-lhe cantar um chiste. Chiste, não, que é desonesto.
Chorar-v.t: lamentar, derramar lágrimas, prantear. Lat. Plorare. Derivs.: choradeira, pranto, lamentação; chorado, lastimado, pranteado; chorador, pessoa que chora facilmente; chorão o mesmo.
Colchete-s.m.: gancho que se prende em pequenina argola. Fr. crochet.
Endecha-s.f.: canção, triste. Esp. endencha que é no latim indicta. Derivs. Endechoso, triste, suf. Oso; endechadeira, carpideira, suf. deira; endechar, fazer ou cantar endechads.
Estrebuchar-v.t.: agitar pernas e braços, ter convulsões no corpo.
Facho-s.m.: morrão, pedaço de madeira untada de breu que deprende chamas. Lat. fasculum, dimin. de falx, falcis.
Ficho-s.f.: marca de jogo, pequeno cartão, algumas vezes feito de matéria plástica, com valores determinados, que servem para os lances da roleta e outros jogos de azar. Cartolina ou outra porção de papel em que se fazem anotações de pesquisas, de leitura. Bilhete com o valor declarado que as casas comrciais, cafés, bares vendem aos fregueses mediante o qual pode a pessoa adquirir as mercadorias. Fr. Fich. de ficher, afincar.
Flecha-s.f.: dardo, seta, ponta de arremesso. Fig. Velocidade, rapidez. Ponta ou parte final de Tôrres góticas. Indireta, remoque, alusão pouco agradável. Fancico fliugica, hol. Vilck germân.
Cancho-s.m.: fisga, objeto de metal cuja ponta é recurva. A maioria admitiu sempre que viesse do turco qandja e que seria apenas uma acomodação do Gr. campsos, curvo.
Inchar-v.t.: inflamar, ntumescr, avolumar, evaidecer encher-se de orgulho, enfatuar-se. Lat. inflare, de in+flare, soprar.
Macho-adj.: do sexo masculino. Lat. masculino (masculus). O lat. Maculus ‘r derivado de mas, maris, que tem o mesmo significado.
Mancha-s.f.: nódoa, marca, máscula, malha. Lat. masculam. O grupo cl deu aqui ch e não lh com em malha porque houve, primeiro, a nasalação: masculam, mancla, mancha.
Murchar-v.t. e int.: perder o viço, fenecert, envelhecer. De mucho e suf. Ar. Deriv.: muchável, que pode muchar, suf. Vel, latim abilis.
Nicho-s.m.: cavidade, lóculo, buraco, abertura feita num muro, numa parede. Lugar próprio para imagens. Fr. Niche, do ital. Nicchio, concha, talvés do latim mitulus, mytulus, Gr. mytilos, havendo dificuldade em explicara dissimil de m em n.
Pachorra-s.f.: paciência, lerdice, calma. Esp. pachorra, de Pancho, gordo, fleugmáticoe e o suf. orro.
Pencha-s.f.: falta, acusação, defeito balda, cacoete, mancha, culpa. Esp. pecha.
Pechincha-s.f.: negócio vantagoso, deverbal lucrativo. De penchinchar com assimilação regressiva, tal qual em chincha por sincha; pichiché (móvel com espelho) por psichê do fran. psychê, palavra grega, alma.
Penachos-s.m.: coçar, enfiete feito de penas de aves para adoçar a cabeça, Chapéu, etc. ltal. pennacio. Lat. Pinnaculum de pinna, pena.
Rachar-v.t.: fede, trincar, partir no meio, repartir os lucros com outrem. Lat. rasc(u)lare., na opinião de J.M Piel, de fácula sob influência de fascis e o pref. re. segundo a exposição feita por este autor com explicações pouco convincentes.
Sachar-v.t.: capinar, carpir, limparcom sacho. De sacho e o suf. ar Deriv.: sachado, adj. Part.pass., capinando, carpido, limpo de matos, etc.
Tacho-s.m.: recipiente de cobre ou de metal, amplo, próprio para fervura e preparo de doces, manjares. Discute-se a origem desta palavra: como é corrente de toda a América desde o México até a Argentina desta parte, tomada de algumas língua aqui falada. Neste caso, tacho português do Brasil será da mesma origem.
Ameixa- fruta de sabor ácido, mas agradável, de forma ovale cor amarela. Lat. myxila ou myxula diminutivo de muxa, ameixeira. Derivs ameixal-s.m. lugar onde, sufal, var. ameixial; ameixeira arvore da ameixa.
Anexim-s.m.: rifão adágio, ditado, provérbio. Ar. Ananaxid, elevação de vo, canto, etc. Deriv.: anexionista-s.m. Pessoa que usa muitos ditados na conversa. Su. ista.
Baixel-s.m.: navio pequeno. Latim. Vacellum, dim. De vas, vaso, forma paralela de vasculum. A origem imediata deve ser o provençal vaissel que explica a ditogação ai, e a palatização x pela presença do i antes de sibilante.
Baixo- adj.: de pequena altura, de procedimento mau. Lat. Vul. Bassius, propriamente gordo, e por isso, de pequena altura. Latim clássico bassus não poderia dar baixo.
Bexiga-s.f.: vesícula, bolsa. Lat. Vesica. Nome vulgar da varíola. Derivs: bexiguento, bexigoso.
Bruxa-s.f.: feiticeira origem ainda em discussão para J. hubschmind vem do celta brukia, ampliação de bruska, camada de neve.
Coxia: espaço livre entre os bancos de um ônibus, de um bonde de um barco. Ltal. corsia, do latim cursiva, de cúrrere, termo de gíria náutica veneziana. De corsia se fez por assimilação cossia e por causa da presença de semivogal i, se deu a palatização: coxia.
Deixar-s.m. v.t.: partir, afasta-se, separa-s, abandonar. Lat. de+lachare. Deriv. Deixa, s.f. deverbal de deixar.
Eixo-s.m.: peça ao redor da qual gira a roda, linha em torno da qual executa em corpo a sua rotação. Lat. axem: Gr axon.
Elixir-s.m.: soluçai de várias substância em álcool e açúcar ou mel. àr al-iksir, que veio do grego ksêron. Em árabe significa a pedra filosofal entre os alquimistas, remédio preparado com póvora seca. Foi a língua dos farmacêuticos que lhe deu o significado que tem hoje.
Enxofre: corpo simples, metalóide, sólido, amarelo que se queima facilmente, produzindo ácido sulfúrico. De em+chofre, do latim sulfure.
Faixa-s.f.: banda, tira de pano, cinta. Lat. Faísca. Derivs faixar, faixado, faixadura.
Feixe-s.m.: molho, paveia amarrado a lenha, de varas de capim. Lat. fascis. Deriv. Feixaria s.f. muitos feixes, suf.ária.
Madeira: lenha, pau, tronco de árvore próprio para construção. Lat. matéria por materies.
Mexer: misturar, agitar, imprimir, movimentar, bulir com outrem andar. Lat. miscere
Oxalá: interjeição, palavra exclamativa que encerra uma aspiração um desejo Ar. Ua xá illah: e queira Deus!
Praxe: regra costume sistema, método, pragmática. Lat. práxis, Gr práxis, ação feito.
Puxar: esticar, estirar, exercer tração, arrastar fig. Adular. O lat. Pulsar impedir, como se vê no composto expulsarem, epulsar através de uma forma puisar, puixar pela a palatização do s sob a influência do i, forma que vive no composto arcaico empuixar.
Rouxinol-s.m.: ave canora da Europa muito estimada, sobretudo pelos poetas. Canta a noite como diz o seu nome do latim lusciniolum, dimin de luscinia.
Vexar-v.t.: humilhar, envergonhar, provocar vexame, menoscabar, ofender, oprimir. Lat. vexame. Deriv. vexante, adj. que provoca vergonha, opróbio.
Xadrez: tipo de tecido estampado com quadrados que se formam um tabuleiro.
Xarope: medicamento liquido de certa consistência. Do árab. Xarab.
Xenofobia-s.f.: horror as estrangeiro. Gr. xénos, estrangeiro, hóspede; philos, amigo; suf. la.
  
  
Distribuição gráfica entre g, com valor de fricatuva palatal, e j:
Adágio: palavra italiana empregada em música, indicando que o trecho deve ser executado a vontade, lentamente.
Alfageme: barbeiro que aplicava ventosas, sanguessugas, sangrava, etc. Ár. al-hajjam.
Álgebra: redução, arranjo de panles lustadas do corpo humano. Ár. al-jabra variante de al-jabr. Já no latim medieval aparece álgebra que foi adotado pelo italiano
Algeroz: talha das casas por onde se escoam as águas das chuvas. Ár al-zarub, pl de al-zarb, canal. Vars aljaroz, algeró, algerol, algiroz, aljeroz.
Algibebe: vendedor de roupas feitas. Var. aljabebe. Ár al-jabbâb, vendedor de roupas.
Almargem: campo, lugar de despejo. Ár al-may
Argel: nome do cavalo que tem o pé direito branco. Hispano – árabe arjal, derivado de refil, pé.
Estrangeiro: adj. diz-se de uma pessoa oriunda de outro país em relação aos moradores da terra onde eles se encontram. Fr. ant. extranger, estanger, moder. étranger. A base é o lat. esetra, de fora, de que se fez esetraneus, com sufixo, aneus, donde o nosso estranho.
Falange: corpo de infantaria da Grécia. Aristóteles usava essa palavra. Derivação: falangeano, adj. suf. ico.
Ferrugem: oxidação do ferro. Lat. ferrugerren
Frigir: fritar fazer ferver em azeite, banha ou manteiga a grande temperatura. Lat. frígere, do mesmo tema do Gr. phrygo, queimar, assar.
Gelosia: persiana, veneziana, rótula de janela através da qual pode alguém ver sem ser visto. Ital. gelosia.
Gensiva: s.f. mucosa que cobre a raiz dos dentes. Lat. gingiva.
Gergelim: planta de semente deoginosas, de grande uso na medicina. Ár. vulgar.
Geringonça: embrulhada, algaravia, coisa que não se entende, coisa cujo o nome exato se ignora. É palavra da gíria, mas muito empregada na linguagem comum. Provém do grego.
Ginete: s.m. o mesmo que gineta, Ár zeneti, indivíduo da tribo zeneta.
Ginja: espécie de remo de papa e também caneco de cabo cumprido para usos nos engenhos de açúcar. É deverbal de gingar.
Girafa: mamífero ruminante, de pescoço muito longo. Ital. giramondo de gira do ár. zarafa.
Gíria: expressão lingüística das classes sociais especialmente, a linguagem dos mamíferos dos mendigos. Parece-nos que q gíria se prende ao verbo girar. Seria o tema gir de girar e o sufixo átono ia.
Herege: adj. Diz-se de quem segue uma heresia, que não admite a doutrina considerada certa pela igreja. Provençal herege, do latim hereticus.
Relógio: cronômetro, aparelho de pulsação para horas, minutos e segundos.
Sege: carruagem, coche fora de uso com duas rodas e um só assento. Subst.
Jecoral: adj. relativo ao fígado. Lat. jecoralis de jecur, jecoris, fígado e suf. alis, al.
Jejum: abstenção de alimentos em dias determinados pela igreja. Lat. ieiunum.
Jeira: medida agrária, a extensão de terreno que uma junta de bois pode curar no espaço de um dia. Lat. diaria.
Jeito: aptidão, habilidade, disposição. Lat. jactus, parrt. pass de jactare.
Jeová: nome de Deus nos textos bíblicos.
Jenipapo: o fruto do jenipapeiro.
Jequitibá: árvore de grande porte da flora brasileira. Propriamente quer dizer árvores de corvos. Tupi yiki, covo; t-ybá, fruto=jequitibá.
Jesus: nome do filho de Deus, a segunda pessoa da SS. Trindade descendente de Deus. Hebr.
Jeremias: nas gírias dos ladrões é a criança que chora justamente no momento em que iam praticar o roubo.
Jericó: árvore do Brasil, que produz uma flor, diríamos, sem pétala. Este nome é ligado a árvore devido a cidade bíblica de Jericó.
Jerimum: abóbora. Variações: jeruméi, jerumú, de yuru, boca, bico e um ou mo, part. que indica movimento, equivalente a pova a bôca.
Jerônimo: nome próprio, famoso com S. Jerônimo, doutor da Igreja. Gr. Hieronymos.
Jibóia: uma cobra enorme. Deriva-se y-boi, ou y-boi, cobra-pau, cobra-árvore.
Jirau: o mesmo que girau, espécie de prateleira. Em tupi girau é o nome de uma planta de um caniço com o qual faziam os indígenas.
Laranjeira: o pé que produz laranja. Suf. eira.
Lojista: magistrado encarregado do orçamento, das contas. Grego Lojistes, latim. Tard. logista.
Majestade: grandeza importância máxima, sublimidade. Lat. maiestatem.
Majestoso: de majest + (ad. + oso)
Manjerona: planta hortense de finalidades culinárias, próprias para temperos. Lat. majorana.
Pajé: os feiticeiros das tribos indígenas do Brasil.
Pegajento: visgueto, grudento. De pegajar e suf. ento.
Rejeitar: v.t. Recusar, repulsador, não acutar. Lat. rejectare, derivado de rejectus.
Sujeito: o termo, a palavra que se declara alguma coisa na frase. Lat. subjectus.
Trejeito: percurso, caminhada, distância percorrida. Lat. trajectus.


Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç, e x. Que representam sibilantes surdas.
Ânsia: aflição, angústia, desejo ardente, derivado do latim anxia.
Ascensão: subida progresso. Do latim Ascênsio-onis.
Aspersão: borrifo, respingo. Do latim aspersió.
Cansar: fatigar-(se). Do latim campsare.
Conversação: ato ou efeito de converter-(se). Do latim conversió-ónis.
Escanso: inclinado, oblíquo, enviesado. Do Francês escoinz.
Farsa: peça cômica de ação vivaz e irreverente. Do latim farsus.
Ganso: ave palmípede da ordem dos anseriformes. Do gótico gans
Imenso: determinar a medida de medir. Do latim immesnsus.
Mansão: casa grande e luxuosa. Do latim mansio-ónis.
Mansadar: trapeira, água furtada. Do Francês mansarde.
Manso: de gênio brando ou índole pacífica, sereno, sossegado. Do latim vulgar mansus.
Pretensão: direito suposto e reivindicado. Do latim praetentio.
Remanso: cessaçãode movimento, paz, tranqüilidade. Do latim remansus.
Seara: campo de cereais extensão de terra semeada. De origem pré-romana.
Sertã: variedade de mandioca. Do tupi-guarani
Serralheiro: aquele que corta com serra. Do latim serralheyro.
Sisa: designação antiga do hoje chamado imposto de transmissão. Do Francês assisse
Torso: parte posterior do pé. Do grego tórsos.
Terso: puro, limpo. Do latim tersus.
Valsa: dança de par, de salão derivado do alemão Walzer
Abadessa: superior de um convento, sacerdote. Do latim abbatissa
Acossar: perseguir ir no encalço de. Do latim accursáre.
Amassar: reduzir a massa, empastar. Do Casteliano emmassar
Arremessar: modo de concluir, jogar. De origem incerto
Asseiceira: caluniar. De origem controversa
Asseio: limpar-(se). Do latim asseyo.
Atravessar: arriscar-se, afoitar-se. Do latim tibuére.
Benesse: emolumento paroquial. Talvez do latim bene + esse
Crasso: espesso, denso, grosso, grosseiro, rude. Do latim crássus.
Devassar: inquirir e tomar informações acerca de algum delito, entrar em lugar vedado, proibido. De origem obscura.
Dossel: armação saliente, forrada e franjada, que encima altar, trono, leito. Do Catalão dosser
Engresso: endentar, entrosar. Do Francês engrener
Endossar: transferir a propriedade dum letulo nomenativo com a cláusula à ordem. Do Francês endosser
Escassos: porco, avaro, raro. Do latim excarpus
Fosso: sepultura, fossa. Do latim fõssa
Gesso: mineral monoclínico, constituído de sulfato de cálcio hidratado. Do latim gypsum
Malosso: espécie de cão de fila, indivíduo turbulento, valentão. Do latim (canis) molossus
Mossa: vestígio de pancada ou de pressão. Do latim morsa por morsus.
Obsessão: importunação, atormentação. Do latim obesesso-ónis
Pêssego: o fruto do pessegueiro. Do latim persicus-i
Possesso: investidura em cargo público, ou função gratificada. Do latim possessus-a-um
Remessa: ato ou efeito de enviar, de remeter, de investir, de atacar. Do latim remissa-ae.
Sossegar: tranqüilizar, acalmar. Do latim vulgar sessicáre
Acém: carne do lombo do boi. Do árabe as-semn.
Acervo: conjunto de bens que integram um patrimônio. Do latim acervus.
Alicerce: base, fundação, sustentáculo. Do árabe al-isás
Cebola: planta bulbosa alimentar, da família das liliáceas, usada como condimento. Do latim cepúlla.
Cereal: diz-se das, ou gramíneas e outras plantas cujas sementes, transformadas em farinha. Do latim cereállis
Cetim: tecido de seda, lustroso e macio. Do árabe zaitunê
Obcecar: cegar, desvairar, deslumbrar. Do latim ob-caecáre
Percevejo: designação comum aos insetos da ordem dos hemípteros, cujas asas anteriores são metade córneas e metade membranosas e cujo aparelho bucal é sugador. De origem obscura.
Açafate: pequeno cesto, sem arco e sem asas. Do árabe as-safat
Acorda: sopa de pão, temperada com azeite, alho, etc. Do árabe at-turdã
Açúcar: produto alimentar, de sabor doce extraído, principalmente, da cana-de-açúcar. Do árabe as-sukkar
Almaço: tipo de papel. Do português almaço
Atenção: concentração da mente em algo que se faz, vê ou escuta. Do latim altentio-ónis
Berço: pequeno leito para crianças derivado do latim bertuim
Caçanje: tribo indígena de Angola
Caçula: o mais moço dos filhos ou dos irmãos. Provavelmente do quimbundo kazuli.
Caraça: pessoa cínica, imprudente, sem-vergonha, derivado do rego kará.
Dançar: oscilar, saltar, girar, mover-se com cadência, do antigo francês dencier.
Enguiço: tornar enfezado, encrencado, parado, do latim iniquitiare.
Inserção: introduzir, meter em, intercalar. Do latim insertio ónis.
Lingüiça: enchido de carne em tripa delgada. De origem controversa.
Maçada: conjunto de coisas atadas ou reunidas num mesmo liame. Do latim matéa.
Maçar: bater com maça ou maço, pisar, importunar. Do latim mateóla.
Monção: época ou vento favorável a navegação. Do árabe máusim.
Muçulmano: maometano, derivado do persa musalmãn.
Murça: espécie de lima com serrilha ou picado fino. De origem desconhecida.
Pança: o estomago maior dos ruminantes, do castelhano panza.
Peça: pedaço, fragmento, porção. Do celta péttia.
Suíça: guarda suíça (no Vaticano). Do francês suisse.
Terço: uma terça parte, a terça parte do rosário. Do latim tertius.
Auxílio: ajuda, amparo, socorro. Do latim auxilium.
Máximo: maior que todos, que está acima de todos. Do latim maximus.
Próximo: que está perto, a pouca distância. Do latim proximus.
Sintaxe: construção gramatical. Do latim syntaxis. Do grego sýntaxis.  
Calisto: Sm. “homem de mau agouro, a cuja presença o jogador atribui o seu azar.”
│- His - 1881 │Do antrop. Calisto │Encalistar │- His. – 1881.
Escusar: vb. “desculpar, perdoar, tolerar”. Do latim excusare.
Esdrúxulo: adj. proparoxítono “esquisito, extravagante”. 1813. Do it. sdrúcciolo.
Esplanada: st. “terreno plano e descoberto, geralmente formado em frente de um edifícil”. Do it. spianata, provavelmente através do fr. esplanade.
Esplêndido: latim splendidus – a – um.
Espontâneo: latim spontaneus – a – um. Adj. “de livre vontade, voluntário”.
Espremer: vb. “comprimir ou apertar para extrair o suco”. Do latim exprimeri.
Esquisito: adj. “achado com dificuldade, raro, fino”. Ext. estranho. Do latim esquisitus – a – um.
Estender: vb. “alargar, espalhar, alastrar”. Do latim extendere.
Extensão: “efeito de estender-se, dimensão, tamanho”. Do latim extensio – ónis.
Explicar: vb. tornar inteligível, interpretar, justificar. Do latim explicare.
Extraordinário: adj. “não ordinário”, “anormal”. Do latim extraordinarius – a – um.
Inextricável: adj. 2g que não se pode deslindar. Do latim inextricabilis.
Sextante: variante de seis.
Têxtil: adj. 2g “que se pode tecer”, “relativo a tecelões ou a tecelagem”. Do latim textilis.
Adestrar: VT e p. tornar (-se) destro, hábil, capaz; habilitar (-se) adestrador (ô) adj. e sm; adestramento.
Esgotar: VT. 1. tirar até a ultima gota de; 2. consumir, gastar; 3. extenuar; 4. tratar inteiramente (um assunto); 5. exaurir-se; 6. ser vendido (livro ou edição dele) até o ultimo exemplar.
Inesgotável: adj. 1. que não se pode esgotar; 2. superabundante. [sin. Ger.: inexaurível].
Justapor: (ô) it e p. Pôr (-se) junto.
Justalinear: adj. diz-se de tradução em que o texto de cada linha vai traduzindo ao lado, ou na linha imediata.
Misto, mixto: adj. 1. oriundo da mistura de elementos diversos; 2. confuso, misturado; 3. Brás. Sanduíche de queijo e presunto.
Biscaia, bizcaia: st. Pessoa que contem mau caráter. Provavelmente do it. bisca “lugar aonde se joga”, do ant. biscazza, derivado do latim med. Biscatia.
Aguarrás: st. 1. água; 2. essência de terobintina.
Aliás: adv. “de outra maneira”, “do contrário”. Do latim aliás.
Anis (o): elem. Composto, do Gr. aniso, de ánisor “desigual” / de na – privativo [V. NA - ] + ísos igual.
Após: prep. 1. depois de, trás; 2. atrás de (no sentido espacial) adv. 3. noutra ocasião, depois.
Atrás: adv. 1. na parte posterior, na retaguarda. 2. depois, após.
Através: adv. De lado a lado, atravessadamente. De um lado para outro lado de.
Gás: sm. “fluido infinitamente compressível, cujo volume é o do recipiente que o contém. Do fr. gaz 9no séc. XVII gás).
Íris: S2g 2n. “o espectro solar, quartzo irisado” (anat.), a pupila dos olhos. Do latim iris – idis, círculo colorido ou vaporoso em redor de corpo luminoso.
Jus: juízo.
Lápis (eira): lápide.
Luís: sm. Antiga moeda de ouro francesa que começou a circular em 1640, no reinado de Luís XIII, 1844. do fr. Louis, designação abreviada de Louis d’or, do nome do rei da França Louis (Luís XIII).
País: sm. “região, território, nação”. Do fr. pays. Latim page (n) sis, do lat. págus (v. pago).
Português: adj. sm. “de, ou pertencente ou relativo a Portugal”, o natural ou habitante de Portugal”, a língua romântica oficial de Portugal, Brasil, Guiné, Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e Moçambique”.
Retrós: sm. Fio ou fios de seda torcidos, ou de algodão mercerizado, para costura. Do fr. retors.
Revés: latim reversus.
Fênix: sf. “na mitologia grega, ave que vivia por muitos séculos e que queimada, renascia das próprias cinzas”. Do latim Phoenix – icis, deriv. do Gr. phôinix – ikos.
Assaz: adv. Bastante”. Do latim adsatis, através do prov. Assatz.
Arroz: sm. “planta da fam. Das gramíneas, cujo fruto do mesmo nome é importate fruto”. Do ár. ar – ruzz.
Avestruz: S2g. “ave da fam. Dos estrutionídeos, a maior das aves atualmente conhecidas”. Composto de AVE e de estruz (= it. struzzo = a prov. Estru – tuz).
Dez: número 10, do latim decem.
Fiz: sm. “barrete turco”. Do fr. fez e, este, do topônimo fez. Ant. capital do Marrocos.
Giz: variação de gesso.
Jaez: sm. “aparelho e adorno para bestas”, “fig. Espécie, qualidade, índole”. Do ár. gehêz. “provisões”.
Matiz: sm. “combinação de cores diversas num tecido, numa pintura, numa paisagem”. De origem incerta.
Petiz: sm. “menino, garoto”. Do fr. petit.
Aceso: pôr fogo a, fazer arder, animar. Do latim accênser.
Analisar: ação de decompor um lado em suas partes componentes, observação, exame derivado do latim analysis e do grego análysis.
Anestesia: perda total ou parcial da sensibilidade, que pode resultar de várias causas mórbidas, ou é conseguida do propósito para evitar a dor no curso das intervenções cirúrgicas. Derivado do grego anaisthesia.
Artesão: indivíduo que exerce, em geral por conta própria um oficio manual. Do italiano artigiano.
Asa: órgão de vôo das aves, dos insetos e de alguns outros animais. Do latim ãla
Asilo: casa de assistência social para pessoas desamparadas. Do latim asylum.
Besouro: inseto coleóptero de origem controversa.
Besuntar: vem de ungir. Ato de ungir. Latim unctio-õnis.
Blusa: peça de vestuário; do francês blause.
Brasa: carvão incandescente, de origem incerta.
Brasão: insígnia ou distintivo de pessoa ou família nobre. Do francês blason.
Brasil: designação com que os portugueses nomearam os indígenas do Brasil, usada com mais freqüência no plural de origem controversa.
Brisa: vento brando e fresco. Do francês brise.
Coliseu: grande anfiteatro onde os antigos se reuniam para jogos públicos. Do grego kolossâios.
Defesa: proteger, prestar socorro ou auxilio. Do latim defensa.
Empresa: empreendimento, sociedade, firma. Do latim imprehensus.
Frenesi ou Frenesim: delírio, exaltação, arrebatamento. Do latim phrénesia.
Guisa: modo, maneira, feição. Germânico ivisa.
Improviso: repetindo, inesperado, súbito. Latim impreovisus.
Jasante: do lado de baixo, isto é, do lado da foz de um rio para onde corre as águas. Latim jus.
Liso: primeiro elemento dos compostos inéditos com a idéia de dissolvente. Do grego lysis.
Lousa: pedra friável preta, adósia de que faziam telhados, lápides de túmulos, quadro negro de escola, etc. do latim lousia.
Lousã: diz da terra onde havia lousa, nome de uma cidade de Portugal. De Lausana, deriva de lousa.
Luso: (nome de lugar), o mesmo que lusitano, português, lusíada. Latim lusus.
Narciso: nome de uma planta das Amarilidáceas, de virtudes narcóticas, portanto do grego narkê.
Pesquisa: indagar, investigar, fazer, dá buscas cientificas, literárias, históricas.
Presa: dente canino. Latim prensa.
Raso: liso, plano, rasteiro. Latim rãsus.
Represa: represar, deter o curso das águas, reprimir, conter. Latim reprehesãre.
Surpresa: ato ou efeito de surpreender (-se) do francês surprise.
Sacerdotisa: do latim sacerdotirsa – ae.
Tisana: cozimento de cevada: medicamento liquido que constitui a bebida comum de um enfermo. Latim ptisana, derivado do grego ptsisane.
Transe: (transir), penetrar, repassar. Do latim transire.
Trânsito: caminho, trajeto, passagem do latim transitus – us.
Vaso: qualquer objeto côncavo, próprio para conter substâncias liquidas ou solidas. Do latim vulg. vasum.
Exalar: emitir, espirar, lançar de si. Latim exhalare.
Exemplo: tudo que pode ou deve ser imitado, modelo. Latim exemplum.
Exibir: mostrar, apresentar, expor. Latim exhibere.
Exorbitar: tirar da órbita, exceder os justos limites. Latim exarbitare.
Exuberante: superabundar, ter em excesso. Latim exuberare.
Inexato: incerto, incorreto. Latim inexacto.
Abalizado: estaco, poste. Latim palus.
Alfazema: planta aromática da família das labiadas. Do árabe al-huzâma.
Autorizar: direito ou poder de se fazer obedecer. Latim autorizare.
Azar: fatalidade, revés, desgraça, do árabe az-zahr.
Azedo: ácido, acre. Do latim acetum.
Azo: motivo, incejo, pretexto, ocasião. Do prov. aize.
Azorrague: tipo de açoite. De origem controversa.
Baliza: estaca ou qualquer objeto que marca um limite. Deriv. árabe balissa.
Bazar: tipo de loja de comercio. Do persa bazar.
Beleza: bonito, elevado, sublime, encantador. Latim belleza.
Buzina: designação comum a diversos tipos de trombeta de corno ou metal retorcido e que produz um único som. Latim bucina.
Búzio: designação comum as conchas de molusco gastrópodes, nas quais sopram os pescadores para anunciar sua chegada ao porto. Latim bucinum.
Comezinha: adj. bom para comer, fácil, simples, caseiro, de origem incerta.
Deslizar: escorregar brandamente, resvalar, derivar com suavidade, de origem obscura.
Fuzileiro: aquele que usa carabina, espingarda. Do francês fusil e latim focilis.
Guizo: globozinho oco de metal que ao agitar-se produz som devido as bolinhas  que contém. De origem obscura.
Helenizar: relativo a heleno. Grego hellen.
Lambuzar: passar a língua sobre. Latim labugem.
Leziria: terra plana alagadiça nas margens de um rio do árabe al-jazisa.
Proeza: façanha. Do francês proece.
Sazão: ocasião, momento, oportunidade. Do latim satio-õnis.
Urze: designação comum a diversas plantas européias. Do latim ulex-icis.
Vazar: conjunto de cartas jogadas pelos parceiros em cada lance ou vez, e que são recolhidas pelo ganhador. Do italiano bazzar.


Base IV

Ação: (do latim actio), o que resulta do fato de agir.
Acionar: conj. Pôr em movimento, acionar uma máquina.
Afetivo: (do latim affectivus), que diz respeito à afetividade, aos sentimentos.
Aflição: (do latim afflictus), que sente aflição, angustiado.
Ato: (do latim actus), para um ser vivo, movimento adaptado de um fim, ação: ato institivo, voluntário.
Adoção: (do latim adoptio), ação de adotar. II pátria de adoção, aquela que se escolheu para residir.
Adotar: (do latim adoptare), tomar depois de um julgamento, por filho ou filha aquele que não o é naturalmente.
Coleção: (do latim collectio, collectionis, pelo fr. collection), reunião de objetos da mesma natureza.
Coletivo: (do latim colletivus, pelo fr. collectif), que compreende, abrange muitas pessoas ou muitas coisas, ou lhes diz respeito.
Direção: (do latim directio, alinhamento, direção), a ação de dirigir.
Diretor: (do latim tard. Director), pessoa que dirige, que administra.
Exato: (do latim exactus), posto fora; pr. seguido, decorrido, exigido; justo, perfeito, preciso, fiel, modelo ou verdade.
Objeção: (do latim objectio, objections), o que se opõe a uma proposição, a uma afirmação, a um pedido.
Ótimo: (do latim optimus), superlativo de bom, muito bom, magnífico.
Batistério – Batizado: (do grego baptistetion, pelo latim baptisterium), edifício construído ao lado de uma catedral onde eram ralizados os batizados que eram cerimônias religiosas onde dar-se um nome de batismo.
Egípcio – Egito: (do grego aigyptios, pelo latim aegyptius), quem é do Egito.
Aspecto: (do latim aspectus), maneira pela qual uma pessoa ou coisa se apresenta à vista; aparência exterior.
Cacto: (do grego kaktos, pelo latim cactus), designação comum a diversas plantas de caule geralmente anguloso, grosso que dão flores de cores vivas e tem folhas recobertas de espinhos.
Caractere – caraeterístico: (do grego charakteristikos, através do latim characteristicus, pelo fr. caractéristique), letra ou sinal que serve para composição de textos; que caracteriza, distintivo.
Dicção: (do latim dictio, ação de dizer, conservação), a maneira de dizer considerada quanto à conveniência dos termos e a sua disposição gramatical, bem como a pronúncia.
Fato – factual: (do latim factum), ato, ação, feito (do latim factus, feito). Relativo ao que se baseia em fatos.
Setor: (do latim sector), aspecto particular de um conjunto de atividades; esfera ou ramo de atividade.
Cetro: (do grego skeptron, pelo latim sceptrum), bastãocurto, ensimado por um ornato, que os soberanos trazem na mão direita em certas cerimônias.
Concepção – conceção: (do latim conceptio), ação pela qual um ser é concebido, gerado; conhecido, idéia.
Corrupto – corruto: (do latim corruptus), que sofreu corrupção, pobre; que ou aquele que se deixou corromper ou subornar.
Recepção – receção: (do latim receptio, receptionis), ato ou efeito de receber.
Assumpção – Assunção: (do latim assumptio), ação de assumir, elevação a uma dignidade.
Peremptório – Perentório: (do latim peremptorius), que perime, o que não se pode replicar, decisivo, dogmático, categórico.
Sumptuoso – suntuoso: (do latim sumptuosus), de grande riqueza; luxuoso, esplêndido.
Sumptuosidade – Suntuosidade: (do latim sumptuositas, sumptuositatis), caráter daquilo que é suntuoso.
Súbdito: (do latim subditus), súdito.
Subtil: (do latim subtilis), sutil.
Amígdala: (do grego amygdále, amêndoa), órgão linfóide em forma de amêndoa situada na faringe.
Amigdalóide: (do grego amygdále + eidos), diz-se das rochas que contem grãos em forma de amêndoas.
Amnistia – Anistia: (do grego amnestia, pelo latim tardio amnestia, esquecimento, perdão), perdão, desculpa, indulto.
Indemne – indene: (do latim indemnis de in + samnum, sem dano), que não sofreu dano ou prejuízo.
Indemnidade – indenidade: (do latim indemnistas, indemnistis), isenção de dano.
Indemnizar – Indenizar: (do francês indemnizes), dar indenização a, compensar.
Omnímodo – Onímodo: (do latim omnimodus), que é de todos os modos.
Omnipotente – Onipotente: (do latim omnipotens, omnipotentis), que ou aquele que tem poder ilimitado.
Omnisciente – Onisciente: (do latim omnis, tudo + sciens, scientis, que sabe), que tudo sabe ou conhece.








Base V

Ameaça: promessa de castigo ou malefício. 2. prenúncio ou indício de coisa. 3. palavra ou gesto intimidativo. Subs. Fem. Latim minãcia.
Amealhar: economizar poupar. Verb. (v.t.d)
Antecipar: (v.t.d) 1. fazer, dizer, sentir antes do tempo. Latim antecipare
Arrepiar: v.t.d. 1. eriçar, encrespar. 2. causar arrepios.
Balnear: adj. Relativo a banhos. Do Latim
Boreal: adj. Do lado do Norte. Sentetrional
Campeão: Subst. Masc. O vencedor em provas.
Cardeal: adj. 1. principal, fundamental. 2. prelado ou sacro colégio pontifício. Do Latim cardinalis.
Côdea: subst  Fem. Parte exterior dura; crosta. Do Latim cutina
Enseada: subst. Fem. Pequeno porto báia.
Enteado: subst. Masc. O filho de matrimônio anterior.
Lêndea: subst. Fem. Zool. Nome comum a ovos de insetos anopluros (piolho) que geralmente se agarram a base dos pêlos.
Meão: adj. Intermediário, mediano. Médio.
Melhor: adj. Comparativo de super de bom.
Peanha: subst. Fem. Pedestal sobre o qual assenta imagem, cruz. Do Latim pedanha.
Quase: adv. Perto, aproximadamente.
Real: adj. Relativo ao rei ou realeza ou próprio dele ou dela.
Real: adj. Que existe de fato, verdadeiro.
Semelhante: adj. Parecido, conforme, análogo.
Várzea: subst. Fem. Terreno baixo, plano e fértil nas margens de um curso de água.
Amieiro: subst. Masc. Árvore de grande porte semelhante ao salgueiro.
Artilharia: subst. Fem. Conjunto de canhões e mais peças para lançar projetis a grande distância. Do francês artillerie.
Capitânia: adj. Diz-se de ou nau em que vaio comandante (capitão) duma força naval.
Cordial: adj. Relativo ao coração. 2. franco afável. Do Latim cordialitas.
Crânio: subst. Masc. Anat. Caixa óssea que encerra e protege o encéfalo. 2. indivíduo inteligentíssimo. Do Grego kranio.
Giesta: subst. Fem bot. Subarbusto das leguminosas, ornamental.do Latim genesta.
Imiscuir-se: v.p.v. intrometer-se.
Lampião: subst. Masc. Lanterna grande portátil ou fixa em teto.
Lumiar: palavra derivada do lúmen do Latim lúmem.
Pátio: subst.masc. espaço descoberto, geralmente no interior de um edifício. De origem incerta.
Tigela: subst. Fem. Vaso sem gargalo, com ou sem asas.
Tijolo: subst. Masc. Produto cerâmico geralmente em forma de paralelepípedo, para construções.
Abolir: do Latim abolere. Acabar com, extinguir, fazer desaparecer eliminar, suprimir.
Assolar: do Latim assolare. Arrasar, devastar, destuir.
Borboleta: do Latim belbelleta; belu “bom”, “belo”.
Cobiça: do Latim vulgar cupiditia. Desejo, aviolez. 2 ambição desmedida de riquezas.
Consolada: de origem incerta. Pequena refeição noturna. 2. ceia da noite de natal.
Dícolo: do Grego dyscolos, pelo Latim tard. Dyscolu. Áspero no trato agressivo. 2. brigão dissidente.
Êmbolo: do Grego êmbolo, “alavanca”, “esporão”; do Latim embolu. Disco ou cilindro móvel das seringas. 2. qualquer massa anormal de matéria sólida, líquida ou gasosa veiculada pelo sangue.
Engolir: de origem controversa; do Latim vulgar ingulare. Passar da boca ao estômago, deglutir. 2. sorver, tragar, subverter, devorar, consumir.
Farândola: do Occitano farandaulo. Dança provençal executada por uma cadeia alternativa de dançarinos (as) com acompanhamentos de galubés e tamboris. 2. bando de maltrapilhos.
Girândola: do Italiano girândola. Roda ou travessão em que se reúne certo número de foguetes.
Mágoa: do Latim macula. Mancha ou nódoa proveniente de contusão. 2. desgosto amargura. Sentimento desagradável.
Névoa: do Latim nebula. Turvação atmosférica, menos intensa que a cerração.
Óbolo: do Grego obólus, pelo Latim obolu. Pequena moeda grega. 2. esmola.
Páscoa: do Hebraico pesach pelo grego páscoa páscha. Na época pré-mosaica festa da primavera de pastores nômades. Festa anual dos cristãos.
Esboroar: de es + boroa + ar. Reduzir a pó, desfazer, desmoronar.
Polir: do Latim polire. V.t.d. tornar lustroso, polimento, envernizar.
Tômbola: do Italiano tômbola. Sf. Jogo de azar, espécie de loteria, de sociedades para fins beneficentes.
Açular: de origem obscura. Incitar, instigar ( o cão) a morder.
Água: do Latim aqua. Líquido incolor, sem cheiro ou sabor, essencial a vida.
Aluvião: do Latim alluvione. Depósito de cascalho, areia e argila.
Bulir: do Latim bullire, “ferver”. Mover, balançar, agitar. 2. tocar, mexer.
Curtir: de origem incerta, poss. Vulgar.
Embutir: de o Francês embutir. Meter a força. 2. inserir, pregar.
Fémur/Femur: do Latim fêmur. Osso único de cada coxa. 2. o terceiro segmento da pata dos insetos, dos aracnídeos e de certos crustáceos.
Glândula: do Latim gladula. Pequena glande. 2. conjunto de células que segregam ou excertam substância que não se relacionam com as suas necessidades habituais.
Jucundo: do Latim jucundo. Adj.  Alegre, aprazível, jovial.
Lugar: do ant. logar, Latim locale “local”. Espaço ocupado sítio. 2. espaço próprio para determinado fim.
Régua: do Latim regula “regra” esquadro ou tala de madeira. Peça longa de madeira, metal, plástico. 2. régua (1) dividida em unidades de medida linear e que serve para medir.
Tábua: de origem obscura. Grande erva da família das tifáces, que vivem em águas paradas e rasas.
Tabuada: de tábua + ada. Tabela das operações elementares com número de um ou dois algarismos.
Tabuleta: de tabula + eta. Tábua de madeira, metal, plástico, com letreiro que serve para usar em certos estabelecimentos.
Trégua: do got. Triggwa, tratad. Suspensão temporada de hostilidades. 2. cessação de dor de incômodo. 3. férias descanso.
Aldeão: pertencente ou relativo à aldeia. Adj.
Aldeola: sf. Pequena aldeia.
Aldeota por aldeia: pequena povoação do árabe.
Areosa por areia: conjunto de partículas finas de rochas em decomposição que se encontram nos rios, nos mar e nos desertos. Do Latim auna.
Aveal por aveia: gramínea cultivada, que produz sementes ricas em substâncias nutritivas utilizadas na alimentação. Do Latim avena.
Baleal por baleia: designação comum a espécies de mamíferos atáceos marinhos da família dos balenopterídeos. Do Latim bãlaina.
Cadeado por cadeia: corrente de anéis ou de elos de metal, prisão. Do Latim catina.
Candeeiro por candeia: pequeno aparelho de iluminação. Do Latim candela.
Galé: antiga embarcação de vela. Do Francês galée.
Polé: antigo instrumento de tortura. Do cast. Polé derivado do Latim vulgar.
Italiano: Adj. Da Itália (Europa); itálico. Natural ou habitante da Itália.
Acriano: adj. Do Acre. Sm. 2. habitante desse estado.
Cume: o ponto mais alto; cimo, cima, crita. 2. auge, apogeu.
Veste: sf. Peça de roupa em geral, a que se reveste exteriormente ao indivíduo.
Vestia: casaco curto, folgado na cintura. Gibão.
Clarear: v.t.d. tornar-se claro.
Guerrear: v.t.d. fazer guerra; combater.


Base VI

Afã: ânsia, cuidado. 2. trabalho penoso. 3. fadiga, cansaço.
Grã: do Latim grana, granum, grão. Lã tingida de escarlate.
Lã: do Latim lana. Pêlo que reveste o corpo do carneiro, utilizada como matéria têxtil.
Clarim: do clast. Clarim. Instrumento de sopro de som agudo e penetrante, sem chaves nem pistons.
Vacum: do Latim vacca. Designação comum a vacas, bois, bezerros etc.
Flautins: do Italiano flautino. Instrumento de sopro mais curto e mais fino que a flauta.
Zunzuns: zunido, zumbido. 2. boatos, mexericos.
Cristãmente: em conformidade com a religião cristã.
Romãnzeira: árvore de pequeno porte cujo fruto, a romã, encerra numerosos grãos.


Base VII

Braçais: pertencente ou relativo a braços.
Caixote: caixa para transporte de mercadorias, caixão.
Eirado: lugar patente e descoberto sobre a casa ou ao nível de um andar dela terraço.
Gaivar: cortar, perfilar uma peça ou fazer um talhe com goiva.
Uivar: dar uivos berrar, gritar, bradar. 2. vociferar bravejar.
Ilhéu: relativo ou pertencente a uma ilha, insulano, insular.
Regougar: talvez de origem onomatopaica. Gritar na voz da raposa.
Cães: do Latim canis. Mamíferos da ordem dos carnívoros.
Mãe: de o Latim manter. Mulher que deu a luz um ou mais filhos.
Zãibo: do Latim vulgar strambus de origem incerta.
Orações: do Latim oratio. Súplica reza discurso.
Cem: do Latim centum. Centenário.
Virgem: do Latim virgo – inis. Mulher que não teve relações sexuais com homem.
Homenzarrão: do Latim hominaticu. Animal racional que ocupa o primeiro lugar na escala zoológica.
Amém: do hebraico amem, do Latim ecles ãnem. Assim seja.

Ninguém: do Latim ne (c). Nenhuma pessoa.